Lisboa |
Jubileu da Vida Consagrada e agradecimento a D. Joaquim Mendes
“No âmago da vida consagrada está uma resposta construída segundo as medidas da doação de Jesus Cristo”
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O Patriarca de Lisboa presidiu ao Jubileu da Vida Consagrada, na Sé Patriarcal, lembrando que “ao longo de todos os tempos, o fundamento inspirador da Vida Consagrada está bem marcado, na Palavra de Deus, com os tons da radicalidade”.

“Na radicalidade própria da consagração como vida, vislumbramos o traço mais radiante do amor. Ao assumir a condição de homem, Cristo fez-se dom e dádiva, dando a vida por nós e comunicando-nos a sua vida de Filho de Deus e mergulhando-nos na participação amoroso da sua comunhão com o Pai. Ele instituiu a radicalidade como força basilar da entrega absoluta à pessoa amada. Foi assim que concedeu carácter sacramental a todos os acontecimentos de amor com o Pai e com a humanidade, pelo Espírito. Quem se deu todo como Ele, transmite aos outros a beleza de se darem inteira e totalmente. A resposta de aceitação, da parte do homem, à dádiva de Si a nós, passa pela abertura da nossa reciprocidade e correspondente doação de todo o nosso ser a Ele. Por isso, no âmago da vida consagrada não está um acontecimento particular, ou concreto, mas está sim uma resposta construída segundo as medidas – desmedidas – da doação de Jesus Cristo”, destacou D. Rui Valério, na Missa que teve lugar na tarde deste Domingo, dia 2 de fevereiro.

 

Ao serviço

A celebração ficou ainda marcada pelo agradecimento dos consagrados ao agora Bispo Emérito de Lisboa, D. Joaquim Mendes. Na homilia, o Patriarca não esqueceu o seu antigo colaborador. “Nesta hora de agradecimento ao Senhor D. Joaquim Mendes, reconhecemos que a sua missão de Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa contempla feitos e marcas que transcendem uma mera moldura biográfica. Ao dizer-lhe ‘obrigado’, vislumbramos que tanto na sua pessoa, como na sua ação, o verdadeiro protagonista foi sempre Jesus Cristo. Dócil ao Espírito de Deus, ao estilo de São João Bosco, e imitando a Senhora Auxiliadora, forjou o seu ministério episcopal com a graça do Alto e com os valores do Evangelho. Atuando a partir do Alicerce, ou melhor, da Pedra Angular, que é Cristo, qual sustento de todo o projeto da missão evangelizadora da Igreja, o Senhor D. Joaquim, com Maria e José, deu rosto e voz a Cristo Senhor, que é Doação para a salvação do mundo”, assinalou.

“A sua firmeza nutrida no amor a Deus e à Igreja mantiveram-no sempre ao serviço da Diocese de Lisboa, das suas comunidades e de cada pessoa que o procurava. Enquanto Religioso, reconhecemos nele o timbre do Profeta da vida consagrada. No seu ser, fazer e dizer, mostrava sempre como é ser todo para Cristo e nos testemunhava como é viver aquela radicalidade que Ele nos pede, aliás, nos exige. Obrigado, Senhor D. Joaquim”, terminou D. Rui Valério.

 

Gratidão

Nas suas palavras de agradecimento na Missa do Dia dos Consagrados, o Bispo Emérito Auxiliar de Lisboa partilhou, “em jeito familiar, alguns sentimentos”. “O primeiro, de profunda gratidão a Deus que me concedeu a graça do ministério episcopal e de servir, em comunhão com os Patriarcas e demais Bispos auxiliares, esta bela diocese de Lisboa”, assinalou D. Joaquim Mendes. “O segundo sentimento é de gratidão ao santo povo de Deus desta Igreja de Lisboa com quem caminhei e pelo que dele aprendi e recebi. Dou graças a Deus pelo testemunho de entrega humilde, discreta e generosa dos Padres, Diáconos, Consagrados e Consagradas, leigos e leigas, que realizem imenso bem, e fazem crescer o Reino de Deus nesta Diocese”, acrescentou.

Visivelmente emocionado, o prelado garantiu ainda que serviu “com alegria, como insistentemente recomendava São João Bosco aos jovens e aos Salesianos”. “Na alegria de sermos amados por Deus, sirvamos o Senhor com alegria, caminhando juntos na unidade e na comunhão, para que «o mundo creia» (Jo 17,21), para que a nossa missão seja credível, e contribua para transformar a realidade social que nos rodeia, tornando-a mais fraterna. Obrigado e que o Senhor vos abençoe!”, terminou D. Joaquim Mendes.

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