O Patriarca de Lisboa teve um encontro com a Comunidade Católica Filipina em Lisboa, para a celebração da Missa na Festa de Santo Niño. Na Basílica da Estrela, D. Rui Valério sublinhou como a integração destas comunidades se deve em muito ao trabalho da Igreja.

Na tarde deste Domingo, dia 19 de janeiro, o Patriarca de Lisboa presidiu à Eucaristia com esta comunidade estrangeira, que se reuniu para celebrar a sua cultura e fé. A celebração teve início com danças tradicionais e uma breve contextualização histórica. À volta da imagem do Menino Jesus, que foi dançado em braços, os fiéis filipinos celebraram a chegada da fé cristã às Filipinas.

Na sua homilia, o Patriarca de Lisboa sublinhou a importância de acolher o Menino Jesus, conhecido como ‘Santo Niño’. “Ele, sendo uma criança, desarma-nos e será para os migrantes filipinos em Portugal, e para todos, fonte de alegria e esperança”.

D. Rui Valério salientou ainda que o Menino Jesus – o ‘Santo Niño’ que os filipinos celebraram – é “quem nos atrai”. “É como o vinho novo do Evangelho, que é o próprio Cristo, que convida: «Tomais e bebei», isto é, instaura uma nova forma de viver a comunhão com Deus. Pertencemos a Ele”, frisou.

Nesta Missa na Basílica da Estrela, o Patriarca expressou também o desejo de que a Igreja local continue o esforço de acolhimento desta e de outras comunidades migrantes.

 

A Igreja como “casa acolhedora”

Após a celebração, houve um lanche preparado e servido pela comunidade, proporcionando um momento de confraternização e partilha. “Para os migrantes filipinos, a Igreja em Portugal representa uma casa acolhedora onde podem celebrar a fé e encontrar apoio”, refere uma nota desta comunidade, assinada pelo Padre César Silva, missionário verbita.

Em Lisboa, reside “uma expressiva comunidade de migrantes oriundos das Filipinas”. “Há vários anos, o Patriarcado de Lisboa e os Missionários do Verbo Divino têm desempenhado um papel fundamental no cuidado pastoral desta comunidade. O Padre Jovito Osalvo, figura central nesse acolhimento, tem liderado os esforços de formação, animação e integração da comunidade. Além de ser um lugar de celebração da fé, a comunidade filipina é também um espaço de entreajuda, especialmente para os migrantes recém-chegados. Regularmente, os membros reúnem-se para celebrações em diferentes locais: regularmente na Igreja de Santa Madalena, na Paróquia de São Nicolau, mas também no Seminário do Verbo Divino, na Basílica da Estrela e em outros lugares. Com a sua cultura vibrante, os filipinos enriquecem a Igreja local e contribuem para a sua vitalidade”, acrescenta o texto.

Os migrantes filipinos tornam-se, assim, “construtores da Igreja em Lisboa e em Portugal”, segundo o Padre César Silva. “Não apenas integram e apoiam os seus compatriotas recém-chegados, mas também convidam amigos portugueses e de outras comunidades migrantes a celebrarem juntos a fé. De forma surpreendente, outras comunidades migrantes frequentemente se unem às celebrações filipinas, sentindo-se acolhidas e inspiradas pelo exemplo desta comunidade. Os filipinos encontram na Igreja uma casa que, com dedicação, ajudam a construir e a manter de portas abertas para todos”, termina a nota.