A Igreja de São Domingos, na Baixa, recebeu a celebração introdutória da Abertura do Jubileu 2025 no Patriarcado de Lisboa, a que se seguiu a procissão até à Sé Patriarcal e a Missa. No Domingo da Sagrada Família, dia 29 de dezembro, estes momentos foram presididos pelo Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério.
A inauguração do ano santo jubilar na diocese iniciou ao som do Hino do Jubileu 2025, ‘Peregrinos de Esperança’. Na Igreja de São Domingos, nos ritos iniciais, o Patriarca dirigiu-se depois ao povo: “Em comunhão com a Igreja universal, ao celebrarmos o amor do Pai manifesto na carne do Verbo feito homem e no sinal da cruz, âncora da salvação, abrimos solenemente o Ano Jubilar para a nossa Igreja de Lisboa. Este rito é para nós o prelúdio de uma rica experiência de graça e de misericórdia, sempre prontos a responder a todos os que nos perguntam sobre a esperança que há em nós, especialmente neste tempo de guerra e de turbulência. Cristo, nossa paz e nossa esperança, seja nosso companheiro de viagem neste ano de graça e de consolação. O Espírito Santo, que hoje em nós e connosco, inicia esta obra, a complete até ao dia de Cristo Jesus”. A celebração de Abertura do Jubileu 2025 no Patriarcado de Lisboa contou com a participação do Patriarca Emérito de Lisboa, Cardeal D. Manuel Clemente, do Núncio Apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, dos Bispos Auxiliares, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, de D. Joaquim Mendes, Bispo emérito Auxiliar de Lisboa, e ainda do Bispo eleito da Guarda, D. José Miguel Pereira, e do Bispo emérito de Bragança-Miranda, D. António Montes Moreira. Depois do cântico do Aleluia e da proclamação do Evangelho, foi feita uma breve pausa de silêncio. De seguida, um leitor leu alguns parágrafos da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário. No final da leitura, o diácono indicou o início da procissão, referindo: “Irmãos e irmãs, caminhemos em nome de Cristo: caminho que conduz ao Pai, verdade que nos liberta, vida que venceu a morte”. Teve então início a peregrinação até à Catedral, a Sé Patriarcal de Lisboa, onde foi celebrada a Missa. “Cruz de Cristo, única esperança!” Ao chegar junto da porta da Catedral, o Patriarca de Lisboa tomou a cruz que foi levada em procissão, ergueu-a e, de frente para o povo, convidou-o a venerá-la, aclamando: “Salve, cruz de Cristo, única esperança!”. Os cristãos de Lisboa responderam: “Tu és a nossa esperança, não nos confundirás para sempre”. De seguida, D. Rui Valério dirigiu-se à pia batismal, presidindo ao rito da memória do Batismo, enquanto os fiéis tomavam os seus lugares na assembleia. O Patriarca incensou depois o altar, a cruz e o presépio, e dirigiu-se para a presidência, enquanto o povo cantava o Glória. Família e esperança Na homilia da Missa de Abertura do Jubileu 2025 no Patriarcado de Lisboa, D. Rui Valério, destacou o “caminho da esperança”. “Inauguramos o Ano Jubilar, no Patriarcado de Lisboa, empreendendo o caminho da esperança, que é hoje a principal fonte da força e da coragem para trilhar estradas de paz e de justiça e construir o mundo com dedicação e entrega. E fazemo-lo na senda maravilhosa da Sagrada Família, para nos dizer que a família é o contexto preferencial para o cultivo das sementes de esperança que o Espírito de Deus lança nos nossos corações.”, apontou. Esta celebração de inauguração do ano jubilar decorreu na festa litúrgica da Sagrada Família. “Que gesto magnífico, repleto de ternura e amor, o de Maria e José de voltarem atrás à procura de Jesus: um gesto paternal e maternal vivido a dois, em comunhão de amor, mas é essencialmente um gesto de esperança. Foram peregrinos do filho, Jesus, que é a nossa esperança, mas animados por uma confiança que só Ele pode dar, a confiança da certeza do reencontro e da sua presença. Por isso, nenhuma outra realidade da sociedade, como a família, nos plasma tanto à esperança, porque é aí que a incessante procura pelo outro, nos habilita a viver na senda de uma permanente confiança da existência e da presença de cada um como ser único. A família assim construída torna-se comunidade de Fé enraizada no Pai, que nos ama a todos como filhos”, garantiu D. Rui Valério. No final da Missa, e ao som do hino jubilar, o Patriarca de Lisboa entregou um símbolo do Jubileu 2025 a alguns representantes do povo de Deus da Diocese de Lisboa.![]() |
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