O diretor do Secretariado da Ação Pastoral do Patriarcado de Lisboa apresentou as linhas orientadoras do Programa Pastoral 2024-2025, sublinhando que “o próximo ano será marcado por muitas atividades e eventos” do Jubileu 2025, mas que “a pastoral é, acima de tudo, feita de processos”.
No Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, o Cónego Rui Pedro Carvalho começou por fazer um convite ao anúncio e à esperança. “Diante de nós, temos aqui a cidade de Lisboa onde somos enviados a sermos sinais de esperança, nas suas alegrias e tristezas, dramas e desafios, que habitam sempre a cidade. Falamos da cidade de Lisboa, mas também todas as cidades, vilas e aldeias do Patriarcado. E queremos hoje, alguns meses antes do Jubileu 2025, anunciar também este ano da graça para a Diocese de Lisboa. O próximo ano será marcado por muitas atividades e eventos, mas não esquecemos que a pastoral é, acima de tudo, feita de processos, onde os eventos se revestem de uma grande importância, pois são momentos celebrativos que nos ajudam a pautar o caminho a realizar”, salientou o responsável, na sessão que decorreu no final da tarde desta terça-feira, dia 8 de outubro, na presença de jornalistas, dos vigários, bem como dos diretores e colaboradores dos departamentos da Cúria Patriarcal e outros convidados.
Prioridade
Lembrando o tema do ano pastoral no Patriarcado de Lisboa, ‘Caminhemos na esperança’, o Cónego Rui Pedro Carvalho apresentou, “de modo muito breve e sintético”, as “grandes linhas para os próximos dois anos pastorais”, destacando a prioridade da conversão missionária da pastoral.
“A grande prioridade deste Plano Pastoral é a interpelação que o Papa nos fez na exortação ‘A alegria do Evangelho’ e tem continuado a fazer ao longo de todo o seu pontificado: a conversão missionária da pastoral. Esta prioridade convida as distintas realidades eclesiais da diocese a pensar e programar todas as suas ações a partir da perspetiva da missão, mais além do que a simples pastoral de manutenção. A Igreja de Lisboa quer ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro das periferias da sociedade, ao encontro de todos, e propõe um caminho o caminho de evangelização. Por isso, estes cinco verbos: acolher, escutar, sair, propor e comunicar”, recordou.
Quatro linhas orientadoras
Esta prioridade, segundo o sacerdote, traduz-se em “quatro linhas” que vão “orientar a ação da Igreja de Lisboa nestes dois anos pastorais” e que “vão envolver o ano jubilar”. Como ‘1.ª linha orientadora’, destacou: “Aprofundar o modo sinodal de ser Igreja, como expressão da corresponsabilidade batismal, renovando os processos de programação, decisão, execução e avaliação para modos de maior participação e envolvimento”.
A ‘2.ª linha orientadora’ é: “Ampliar os processos de escuta e acolhimento no dinamismo próprio da vida das comunidades e para com as pessoas que procuram quem ouça as suas interrogações, alegrias, anseios ou dificuldades”. Já a ‘3.ª linha orientadora’ compreende: “Desenvolver as dinâmicas de acompanhamento e evangelização de forma transversal às comunidades e realidades eclesiais nas diferentes etapas da vida”.
Finalmente, a ‘4.ª linha orientadora’ diz respeito a: “Concretizar a resposta aos desafios lançados na Jornada Mundial da Juventude e no Sínodo sobre os Jovens, valorizando a presença, participação e acompanhamento dos jovens na vida pastoral da Igreja”.
Pastoral articulada
De acordo com o Cónego Rui Pedro Carvalho, “estas quatro linhas orientadoras especificam em 20 objetivos descritos no Programa Pastoral” e “todos estes objetivos procuram ser transversais a todas as áreas da pastoral e realidades eclesiais da diocese”.
O diretor do Secretariado da Ação Pastoral do Patriarcado de Lisboa sublinhou ainda, a terminar, que o Programa Pastoral apresentado à diocese “é fruto de um caminho sinodal realizado com toda a Igreja de Lisboa, nas suas várias instâncias, vigararias, conselhos pastorais, departamentos e serviços da Cúria, movimentos e outras realidades eclesiais”. “Procurámos, numa escuta orante, discernir o que o Espírito Santo pede à Igreja de Lisboa, de modo a que este programa possa ser inspirador e motivador, possa provocar uma pastoral articulada e uma conversão operativa. Como nos pediu o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, agora é tempo de caminharmos na esperança”, concluiu.
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