Mais de dois milhões de portugueses sofrem de problemas de visão, de acordo com um estudo de 2018, realizado pela Universidade NOVA de Lisboa. Uma importante parte deste número corresponde a doenças que se manifestam na órbita, a área anatómica que rodeia o globo ocular e que inclui também o nervo ótico, os músculos responsáveis pelos movimentos oculares, glândula lacrimal e vasos sanguíneos. Qualquer uma destas estruturas poderá tornar-se o ponto de partida para distintos tipos de doenças. Adicionalmente, a órbita poderá ser afetada secundariamente por patologias com origem em áreas adjacentes, como a cavidade craniana e os seios perinasais.
Qual a prevalência da doença orbitária?
Existem diferenças na prevalência de doença orbitária em idade pediátrica e na idade adulta. No período neonatal salientam-se as malformações vasculares e lesões quísticas congénitas. Após essa fase, e ainda durante a infância, prevalecem as lesões quísticas e alguns tipos de neoplasias, doenças inflamatórias que incluem a celulite orbitária (uma inflamação de progressão rápida, com frequência associada a sinusite aguda) e malformações vasculares. Na idade adulta salientam-se as doenças inflamatórias, com predomínio da orbitopatia tiroideia, e as neoplasias.
Quais os sinais de alerta?
Um diagnóstico e tratamento precoces são essenciais na abordagem a qualquer doença que se desenvolva na região orbitária. As manifestações são variáveis e com frequência inespecíficas. Não obstante, há alguns sinais importantes que não devem ser desvalorizados: Um globo ocular (ou ambos) mais saliente(s); Dor na região ocular; Visão dupla e/ou turva; Sinais inflamatórios (olho vermelho, pálpebras inchadas) - o desenvolvimento de um ou vários destes sinais, independentemente da idade ou da presença de outras doenças prévias, não deverá ser ignorado e justifica uma observação médica atempada.
Como são tratadas essas patologias?
O diagnóstico e tratamento destas doenças exige com frequência uma abordagem conjunta entre profissionais de várias especialidades – por exemplo, na CUF temos uma Unidade dedicada especificamente ao diagnóstico e tratamento de doenças orbitárias, no Hospital CUF Descobertas. Uma vez que o trabalho de equipa é fundamental nesta área, uma das prioridades passa por manter um circuito de comunicação eficaz, dando uma resposta diferenciada e célere desde o diagnóstico ao tratamento, centrada no doente.
Ana Duarte
Oftalmologista, Coordenadora da Unidade de Órbita do Hospital CUF Descobertas
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