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Pastoral Familiar
Uma retrospetiva do Ano Pastoral 2022/23
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Em circunstâncias normais estaríamos nesta altura do ano a terminar mais um ano pastoral, a fazer o balanço e a projetar o novo ano. Contudo, este ano é diferente, o mês de julho e o agosto serão ainda tempo de muito trabalho pastoral. Sabemos qual é o motivo: pela primeira vez na história das Jornadas Mundiais da Juventude, temos a graça de acolher no nosso país, mais concretamente na nossa Diocese, este evento que mobiliza milhares de jovens de todo o mundo.

Este foi um caminho que se iniciou em 2019, nas Jornadas Mundiais da Juventude do Panamá, quando o Papa Francisco anunciou que Lisboa iria ser o palco das próximas jornadas. A candidatura a este evento insere-se na senda de um caminho sinodal que a Diocese de Lisboa vinha a realizar desde 2014, com o tema: “o Sonho Missionário de Chegar a todos”. Este sonho missionário chamou a si os jovens e convidou-os a serem protagonistas da evangelização, tal como Maria o foi quando partiu apressadamente, levando no seu seio o Verbo de Deus ao Povo que esperava o Messias.

Ao longo deste ano, a Pastoral da Família também entrou neste dinamismo. As famílias, à imagem da Sagrada Família, foram chamadas a levantarem-se apressadamente e ir anunciar ao mundo a presença de Jesus nas suas vidas. Cada família que acolhe Jesus é uma Sagrada Família, um Evangelho vivo. E que bela oportunidade de anúncio têm as famílias de acolhimento, os casais Caring e todas as famílias que estão envolvidas na preparação e que viverão a experiência destas Jornadas, testemunhando assim aos jovens a alegria do Evangelho, a presença de Jesus no quotidiano das suas vidas.

 

Para além de toda a participação na preparação da JMJ, a Pastoral da Família foi realizando algumas atividades que gostávamos agora de revisitar, a fim de verificar o caminho percorrido para que este balanço nos ajude já a projetar o ano pastoral pós-jornadas. Decerto que será um ano de graça, impulsionado pela experiência de Pentecostes que já se vive em todo este dinamismo de preparação, e se viverá, em especial, no final e julho e início de agosto.

Este ano pastoral, começou com um Congresso de Pastoral Familiar. Inicialmente estava marcado para junho do ano passado, no contexto do Encontro Mundial das Famílias, mas que acabou por ser adiado para outubro de 2022. Este congresso ajudou-nos a prolongar e aprofundar o tema do encontro: “O amor na família: vocação e caminho de santidade”. Este dia foi preenchido com oração, conferências, workshops, procurando desdobrar a temática do encontro em várias áreas da pastoral familiar. Entre tantos outros frutos deste congresso, saiu um grupo de trabalho que iniciou uma reflexão sobre o acompanhamento de casais em segunda união.

Em Janeiro, realizou-se uma jornada de pastoral familiar, onde se deu a conhecer e se refletiu como implementar o documento “Itinerários Catecumenais para a vida Matrimonial”. Trata-se de um documento do Dicastério para os Leigos, A Família e a Vida, que surge a pedido do Papa Francisco por ocasião da Exortação Apostólica Pós-Sinodal A Alegria do Amor. Este itinerário convida-nos a mudar o paradigma de “preparação para o matrimónio” para “prepação para a vida matrimonial”. Ou seja, chama-nos a não nos focarmos apenas em fazer alguns encontros de preparação antes do casamento, mas a uma preparação prolongada que inicie à vivência do sacramento do matrimónio, ao longo da vida familiar. Com a pedagogia do catecumenado, pede que esta preparação comece mais cedo, envolvendo outros setores da pastoral, tal como a catequese e os jovens, e se prolongue no acompanhamento da vida familiar, em especial nos primeiros anos. Pretende-se que estes itinerários não preparem para uma celebração, mas para abraçar uma missão que Deus lhes confia: ser Igreja Doméstica.

De modo a potenciar o trabalho dos vários departamentos da cúria que trabalham com os jovens, surgiu um caminho sinodal entre a pastoral da família, o serviço da juventude, o setor de animação vocacional, a pastoral universitária e o sector da catequese. Este caminho conjunto é essencial na pastoral da família, uma vez que juntamente com a pastoral vocacional é transversal a todos os setores de pastoral. Entre tantas outras frutos destes encontros, eles serão essenciais para que se possam implementar os itinerários para a vida matrimonial, uma vez que o caminho que se propõe engloba os adolescentes e os jovens.

Destacamos ainda a Missa das Famílias em junho, onde agradecemos a Deus o dom das famílias desta Diocese, das famílias que estão empenhadas na preparação das JMJ e alegrámo-nos com os casais que este ano 2023 celebram os jubileus matrimoniais. A este propósito, gostaríamos de relembrar que os casais jubilares 2023 (os que já fizeram ou vão fazer 10, 25, 50, 60 ou mais anos de casados em 2023), ainda se poderão inscrever em www.bit.ly/casaisjubilareslx2023 para receberem um diploma com a Bênção Jubilar do Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa. Os Diplomas serão enviados para as Paróquias em setembro e dezembro, onde os Casais Jubilares os poderão levantar.

 

Resta-nos olhar para a Pastoral Familiar no pós-jornadas e elencar dois desafios que nos vão conduzir no próximo ano pastoral. Em primeiro lugar, queremos continuar a aprofundar e começar a colocar em prática os itinerários catecumenais para a vida matrimonial de modo a preparar e acompanhar melhor os jovens na sua vida matrimonial. Em segundo lugar, queremos agarrar as mensagens e os desafios que o Papa e as Jornadas nos querem trazer. Será importante haver dinamismos de partilha e criar espaços e tempos para acolher e acompanhar todos os que vierem a sentir-se tocados por este grande evento. Será um tempo de graça que somos chamados a acolher como um grande tesouro que Deus nos confia.

A menos de um mês das Jornadas Mundiais, a Pastoral da Família quer viver com prontidão e a alegria de Maria, para que com ela possamos partir apressadamente ao encontro de tantos que nos esperam para lhes levarmos o Evangelho Vivo: Jesus Cristo.

texto pelo Setor da Pastoral Familiar
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