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Boletim médico #27
Alergias crónicas
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Ao longo da vida é possível que cada um de nós venha a desenvolver alguma alergia. Seja a alimentos, medicamentos, picadas de insetos ou, pólens, por exemplo.

Falamos em reação alérgica quando o nosso organismo tem uma resposta exacerbada face a um estímulo que não deveria provocar qualquer reação. Quando tal acontece, na maioria dos casos, os episódios aparecem repetidamente com a exposição a tal alergénio e aí podemos falar em doença alérgica crónica. As reações podem ser mais ligeiras e fáceis de controlar, sem grande impacto no dia-a-dia, até reações generalizadas, com sintomas mais severos, que requerem tratamento imediato, podendo ser fatais.

No caso da alergia alimentar, os alimentos mais envolvidos são o leite, ovo, frutos secos, peixes e mariscos. Relativamente às alergias às proteínas do leite de vaca e ovo, estas tendem a passar com a idade e requerem seguimento regular por um especialista. Se a alergia surgir na fase adulta poderá ser uma condição crónica pelo que se torna fundamental confirmar o diagnóstico para que a pessoa possa saber o que deve ou não evitar.

Já na alergia respiratória, muitas vezes hereditária, os alergénios mais comuns são os ácaros e os pólenes. Tanto na rinite alérgica como na asma, a exposição a estes alergénios pode desencadear uma crise. A realização de testes cutâneos é bastante importante pois ajuda a identificar quais os agentes que afetam o doente, para que este possa adotar estratégias de prevenção. Na fase de maior concentração de pólenes pode ser necessário intensificar a terapêutica, nomeadamente com spray nasal e toma de anti-histamínicos de forma preventiva. Quanto aos ácaros, existem medidas de higiene e hábitos comportamentais que ajudam a diminuir a sua prevalência, nomeadamente evitar tapetes, peluches, mantas e cobertores. Pode ainda ser necessária medicação ao longo de todo o ano e, se o impacto na vida da pessoa for grande (alteração do sono, baixo rendimento escolar/profissional), existem vacinas específicas que visam diminuir a reatividade face aos alergénios.

Relativamente à alergia medicamentosa, também pode ser crónica e trazer algumas particularidades. É importante esclarecer se o doente pode ou não voltar a tomar determinado medicamento. Podem estar indicadas análises ao sangue, testes cutâneos ou provas de provocação, não só para a confirmação da suspeita de alergia, mas para se encontrar terapêuticas alternativas.

No que respeita à picada de insetos, nomeadamente abelha e vespa, podem ocorrer reações graves e urgentes de serem tratadas. Mais uma vez, torna-se fundamental o acompanhamento em consulta para esclarecer o doente e familiares sobre como devem atuar de modo a controlar a reação o mais rapidamente possível e avaliar a necessidade de tratamentos de dessensibilização (“vacinas”).

No caso de suspeita de uma destas alergias deve procurar aconselhamento numa consulta de Imunoalergologia.

 

João Pedro Azevedo
Imunoalergologista nos Hospitais CUF Coimbra e Viseu e na Clínica CUF Leiria

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