Embora as mulheres sejam muito mais propensas a infeções do aparelho geniturinário do que os homens – é a própria anatomia que o determina –, a verdade é que também os homens as desenvolvem. Devido ao tipo e intensidade de sintomas que apresentam, estas infeções devem ser diagnosticadas e corretamente tratadas o mais cedo possível para evitar a progressão para situações mais complexas e potencialmente perigosas.
Entre as infeções masculinas mais comuns tratadas no âmbito da urologia destaca-se a prostatite.
Quem pode ter?
Estima-se que apenas 10% dos homens tenham uma prostatite ao longo da vida, podendo esta surgir no jovem adulto, entre os 20 e os 40 anos, ou a partir dos 60 anos. É entre os seniores que surge com mais frequência, sobretudo associada a problemas da próstata já existentes, como a hiperplasia benigna da próstata. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de prostatites, são a diabetes, alterações da imunidade, insuficiência cardíaca, algaliação contínua ou realização de intervenções urológicas com endoscopia.
Potenciais complicações
Se não for detetada a tempo e tratada de forma adequada, a prostatite pode conduzir a situações graves. Uma delas verifica-se quando há retenção urinária devido à inflamação da próstata e consequente obstrução da uretra. Neste caso, a pessoa tem de ser algaliada. É uma situação extrema e potencialmente grave, porque a algaliação pode disseminar a infeção pelo organismo. Em casos raros (menos de 5% do total de prostatites), a infeção dá origem a um abcesso prostático, o qual implica intervenção cirúrgica. No limite, caso a infeção evolua sem tratamento ou se o homem tiver outros fatores de risco associados, as complicações podem ser graves ao ponto de conduzirem a uma septicemia.
Como tratar?
O tratamento médico tende a incluir antibiótico: duas a quatro semanas, podendo ir até às seis semanas em casos graves ou de recorrência ou anti-inflamatórios não esteroides.
Qualquer pessoa com uma vida dita comum está sempre exposta a bactérias, mas apenas algumas desenvolvem a infeção. A visita ao urologista pode e deve acontecer na presença dos sintomas descritos ou de fatores de risco conhecidos.
Paulo Corceiro
Coordenador de Urologia do Hospital CUF Santarém
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