O Papa Francisco assumiu a “alegria” pelo encontro com os jovens na JMJ Lisboa 2023. Na semana em que destacou a vida consagrada nos mosteiros de clausura, o Papa pediu orações pela sua viagem a Budapeste, mas também pelo Sudão e encontrou-se com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
1. O Papa assumiu a sua “alegria” pelo encontro com os jovens de todo o mundo na JMJ Lisboa 2023, convidando-os a ter “corações ardentes e pés a caminho”. “É o que desejo também para a próxima Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que aguardo com alegria e que tem como lema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39). Que cada um e cada uma se sinta chamado a levantar-se e partir apressadamente, com coração ardente”, escreveu Francisco, na sua Mensagem para o 60.º Dia Mundial das Vocações, que a Igreja celebra neste 4.º Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, dia 30 de abril.
O documento tem como título ‘Vocação: graça e missão’, destacando o papel de cada um “no mundo de hoje, com as suas feridas e as suas esperanças, os seus desafios e as suas conquistas”. O Papa desafia os católicos a deixarem-se interpelar pelas “periferias existenciais” e os “dramas humanos”, respondendo à sua própria vocação, que se pode manifestar de forma “inesperada”. “Assim aconteceu comigo em 21 de setembro de 1953, quando, a caminho da festa anual do estudante, senti o impulso de entrar na igreja e me confessar. Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje”, indica, partindo da própria experiência, como religioso jesuíta.
Francisco fala ainda da Igreja como uma “sinfonia vocacional”, com vários carismas e ministérios que devem estar juntos, “em saída, para irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus”. “Que as iniciativas de oração e animação pastoral ligadas a este Dia [Mundial das Vocações 2023] reforcem a sensibilidade vocacional nas nossas famílias, nas paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas associações e nos movimentos eclesiais”, apela.
2. O Papa destacou a importância que têm, para a Igreja e para o mundo, os que optaram pela vida consagrada nos mosteiros de clausura. Durante a audiência-geral de quarta-feira, 26 de abril, na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco lembrou que estes religiosos renunciaram “a si e ao mundo para imitar Jesus no caminho da pobreza, da castidade, da obediência”, e que a sua oração é “oxigénio para todos” e uma “força invisível que sustenta a missão”. “O coração dos monges e das monjas é como uma antena, porque capta o que acontece no mundo e intercedem por ele”, disse o Papa aos peregrinos, acrescentando que os mosteiros são locais de “trabalho e oração”. “Vai fazer-nos bem visitar um mosteiro, porque ali se reza e trabalha. Cada um tem a sua regra, mas ali as mãos estão sempre ocupadas com o trabalho e com a oração. Que o Senhor nos dê novos mosteiros, monges e monjas que levam a Igreja em frente, com a sua intercessão”, pediu Francisco, durante o encontro público semanal em que evocou a figura de São Gregório de Narek, o monge, místico e teólogo arménio foi elevado a Doutor da Igreja a 12 de abril de 2015, numa Missa presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro.
3. O Papa inicia, nesta sexta-feira, 28 de abril, uma visita apostólica de três dias a Budapeste, na Hungria. “Será uma viagem ao centro da Europa, onde ainda persistem as gélidas consequências de duas décadas de guerra, enquanto muitas pessoas enfrentam questões humanitárias urgentes”, disse Francisco, no passado Domingo, dia 23 de abril. Dirigindo-se expressamente aos húngaros, o Papa agradeceu o “grande empenho” na preparação desta visita e pediu a todos que o acompanhem em oração nesta viagem.
4. Depois da oração do Regina Coeli, Papa Francisco pediu para se rezar “pelos nossos irmãos e irmãs sudaneses”. “Infelizmente, a situação no Sudão continua grave. Por isso, renovo o meu apelo para que a violência cesse o mais rápido possível e que se retome o caminho do diálogo”, disse o Santo Padre, no passado Domingo, 23 de abril, não esquecendo também “o povo da Ucrânia”.
Na Praça de São Pedro, o Papa aproveitou o Evangelho daquele Domingo para convidar os fiéis a dedicar um momento, todas as noites, para fazer um breve exame de consciência. “Do que se trata? Reler o dia com Jesus: abrir-lhe o coração, levar-lhe as pessoas, as escolhas, os medos, as quedas e as esperanças; para aprender gradualmente a olhar as coisas com outros olhos, com os seus e não apenas com os nossos”, explicou.
5. O Papa Francisco recebeu em audiência o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, gravando uma mensagem-vídeo a agradecer, tanto aos lisboetas como aos trabalhadores, pela forma como está a ser preparada a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Carlos Moedas foi recebido no Vaticano e diz ter encontrado um Papa bem-disposto e com grande vontade de estar em Lisboa, em agosto. À Renascença, o autarca revela ter dado conta ao Papa da “energia e a alegria que os lisboetas têm por o receber”. “Houve um momento muito interessante em que ele decidiu gravar uma pequena mensagem de vídeo para agradecer aos lisboetas e na qual quase pede desculpa pelas dificuldades e confusão que vai criar na cidade”, conta Moedas. “E eu gravei a mensagem com o meu telemóvel. Não tinha ali mais nada...”, acrescentou.
O presidente da Câmara de Lisboa mostrou a Francisco fotografias do espaço Tejo-Trancão, “para o Papa ver o trabalho já desenvolvido”. “Ele agradeceu muito a todos os trabalhadores e as trabalhadoras”, referiu, revelando que o Papa quis “falar sobre o futuro”. “O que é que aquilo vai ser? O que é que vai ser aquele parque depois? A preocupação do Papa é que aquele parque fique para os lisboetas, que seja um valor para a cidade”, confidenciou. “Senti um homem que quer mesmo estar com os mais vulneráveis. O Papa quer estar em Lisboa a transmitir uma mensagem de futuro, a ouvir os jovens e foi sobre tudo isso que falámos”, salientou.
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