Janeiro é o mês de rever todas as promessas e resoluções de Ano Novo, mas também a altura em que nos debatemos com a dificuldade que o ser humano tem em mudar de hábitos. Todos nós sentimos conforto nas rotinas do dia-a-dia e reconhecemos a dificuldade em realizar mudanças para atingir os nossos objetivos. Apesar dos riscos que reconhecemos e dos conselhos habituais, principalmente nesta época festiva que terminou, é difícil resistir aos deliciosos excessos alimentares.
Os excessos podem provocar problemas no estômago ou vesícula biliar, doenças cardiovasculares como o enfarte do miocárdio, AVC ou arritmias, diabetes, dislipidemia, entre tantos outros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a medicina preventiva pode ser entendida como sinónimo de promoção da saúde e consiste no processo que visa criar condições para que as pessoas aumentem a sua capacidade de controlar os fatores determinantes da saúde, no sentido de a melhorar.
O receio de alguma doença não diagnosticada leva muitas pessoas a realizar exames e análises “de rotina” ou “check-ups”. Aliás, entre os adultos portugueses, até 99,2% acreditam que devem fazer exames ao sangue e urina com periodicidade anual e 87,4% referem ter realizado esses exames. No entanto, está demonstrado que em adultos assintomáticos e sem fatores de risco não reduz o aparecimento de doenças, a mortalidade em geral, por doença cardiovascular ou cancro. A realização destes exames de forma indiscriminada pode, contudo, induzir ansiedade e levar a uma sequência de procedimentos desnecessários. Por não existir assim uma lista de exames ou periodicidade aplicáveis a toda a gente, de forma indiscriminada, será aconselhável marcar uma consulta com um especialista de Medicina Geral e Familiar (MGF) antes de cair na tentação de fazer exames complementares de diagnóstico sem orientação ou acompanhamento.
A promoção da saúde e a prevenção da doença fazem-se a vários níveis em MGF, nomeadamente através da promoção de estilos de vida saudáveis, do aconselhamento acerca de exercício físico moderado e regular, alimentação equilibrada, uso moderado de bebidas alcoólicas e de sal, recusa do tabagismo e de outras dependências, redução dos níveis de stress, entre outros. Adotar um estilo de vida saudável, com acompanhamento médico personalizado, é o melhor modo de cada um assegurar menores probabilidades de fazer parte do lado desagradável das estatísticas de saúde.
A Medicina Geral e Familiar é a especialidade que pondera os múltiplos fatores que contribuem para a realização de uma avaliação individualizada. O especialista em MGF é o médico que lhe poderá dar as recomendações e orientações mais adequadas ao seu caso em particular, nas perspetivas preventiva, diagnóstica e curativa. Em caso de necessidade procure o seu médico de referência.
Edgar Vaz
Especialista em Medicina Geral e Familiar no Hospital CUF Viseu
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