Na alocução do Angelus do Domingo 16 de outubro de 2022, o Papa Francisco anunciou que o Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade terá mais uma assembleia em outubro de 2024, para além daquela que já estava prevista em Outubro de 2023.
Este Sínodo dos Bispos – que tem como tema “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão” – teve início com a abertura da fase diocesana em cada Igreja Local, em outubro de 2021; e, prepara-se agora, para a fase continental, onde haverá uma assembleia em cada continente, tendo como ponto de partida um documento de trabalho feito a partir das sínteses do caminho percorrido nas dioceses.
A Diocese de Lisboa antecipou-se a este caminho sinodal com a realização de um Sínodo Diocesano. Sendo dois processos distintos, eles referem-se à mesma moção do Espírito, que teve um acontecimento impulsionador com Exortação Apostólica do Papa Francisco – ‘A Alegria do Evangelho’ – que, no início do Pontificado do Papa Francisco, nos tem desafiado a ser uma Igreja em saída, retomando os temas do Concílio Vaticano II, nomeadamente a tema da Igreja que se entende como Povo de Deus a caminho e como sacramento de comunhão.
Vale a pena fazer um ponto de situação do caminho sinodal que a nossa Igreja tem percorrido ao longo dos últimos oito anos. Lembremos os passos dados até aqui. Por ocasião da celebração dos 300 anos da qualificação patriarcal da Diocese de Lisboa, o Patriarca de Lisboa convocou a Diocese para um Sínodo. Este teve uma fase preparatória entre 2014 e 2016. Durante cinco trimestres, muitos grupos sinodais leram, rezaram e procuraram colocar em prática os cinco capítulos da Exortação Apostólica ‘A Alegria do Evangelho’ que o Papa Francisco ofereceu à Igreja em 2013, como programa para o seu pontificado. As reflexões destes grupos foram a base do documento de trabalho que orientou os trabalhos da Assembleia Sinodal. Esta Assembleia, juntou no Turcifal representantes de todas as realidades eclesiais do Patriarcado, e deste encontro saiu a Constituição Sinodal de Lisboa (CSL). Os anos seguintes, entre 2017 e 2021, foram anos de receção dos 70 números da CSL. Escolheram-se quatro números que orientaram a vida da Diocese ao longo de quatro anos pastorais. Terminado este tempo, em junho de 2021, realizou-se uma assembleia de avaliação da receção da CSL, da qual se escreveu um documento final com alguns desafios à Diocese. E, no final de todo este caminho, o Papa desafiou-nos a continuar a aprofundar o Sínodo Diocesano com a convocação do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade.
Ao longo destes oito anos de caminho em conjunto, têm surgido muitas iniciativas, reflexões e propostas que vão sendo colocados em prática. Podemos afirmar que tem sido um caminho que, passo a passo, com avanços e recuos, próprios do caminho, vai procurando levar a Igreja a uma conversão missionária.
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