É indiscutivelmente uma das maiores epidemias do século XXI. A diabetes está presente em todo o mundo, em números cada vez mais expressivos, e Portugal não é exceção. Bem pelo contrário. Na verdade, no território europeu, o nosso país é um dos que registam maior prevalência desta doença metabólica crónica, capaz de afetar pessoas de todas as idades.
Vejamos os números: no mundo, 537 milhões de adultos vivem com diabetes; 6,7 milhões das mortes registadas em 2021 foram causadas pela diabetes e estima-se que, até 2030, existirão 643 milhões de doentes diabéticos diagnosticados. Segundo a Federação Internacional de Diabetes e Observatório Nacional da Diabetes, em Portugal, 13% da população vive com diabetes e estima-se que 50% dos adultos diabéticos ainda não estejam diagnosticados.
A explicar estes dados está, por um lado, o envelhecimento populacional e, por outro, o estilo de vida sedentário e a alimentação pouco equilibrada que cada vez mais jovens adotam, o que ajuda a potenciar complicações na vida adulta.
Trata-se de um problema complexo, na medida em que exige um acompanhamento próximo e multidisciplinar ao longo de toda a vida. A diabetes é uma doença metabólica e multissistémica, ou seja, pode atingir vários órgãos. Não se trata apenas do açúcar elevado no sangue.
O grande problema é aquilo que esse açúcar elevado no sangue provoca, nomeadamente complicações oftalmológicas, renais, cardíacas, vasculares e o chamado pé diabético, que é a principal causa de amputações não traumáticas no nosso país.
Está nas mãos de cada um evitar ou, pelo menos, atenuar os potenciais impactos da doença: a prevenção passa muito pelo estilo de vida adotado. Pessoas sedentárias e com excesso de peso têm um maior risco de desenvolver diabetes, pelo que a atividade física regular e uma alimentação equilibrada e saudável permitem reduzir esse risco.
Atendendo às particularidades desta doença, as Unidade da Diabetes da CUF proporcionam um acompanhamento multidisciplinar que se traduz em melhores resultados no tratamento da diabetes e na redução das suas complicações. A referida multidisciplinaridade ganha forma com um núcleo central constituído por Medicina Interna, Endocrinologia, Enfermagem e Nutrição, que, por sua vez, conta com o apoio de especialidades como Cardiologia, Cirurgia Geral, Oftalmologia e Ortopedia. Este modelo assenta na proximidade e na cooperação entre pares. Oferecendo um acompanhamento completo, regular e personalizado da diabetes tipo 2, mas também de outros subtipos de diabetes, como a diabetes tipo 1 ou a diabetes gestacional, a Unidade da Diabetes desempenha ainda um papel importante no incentivo à socialização e partilha de experiências entre doentes. Afinal, é importante compreender que ninguém tem de estar sozinho na luta contra esta epidemia.
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