O título deste texto é provocador. Não é da minha lavra. Surgiu numa conversa informal entre colegas padres, como conclusão das notícias que ontem ouvíamos sobre o estado de emergência e o confinamento que se vai prolongar. É resumo de uma situação grave em que nos encontramos, porque talvez não tenham sido tomadas as devidas precauções no decorrer desta pandemia. Já percebemos, claramente, que não se trata de mais uma ‘gripezinha’, mas de um vírus poderoso com capacidade de contagiar, muito facilmente, e que pode levar a consequências fatais.
Diz-se que a abertura das restrições no Natal levou a esta fase grave da situação no nosso país, colocando-nos na primeira posição do ranking dos piores. Atualmente, e com o confinamento que perdura, apenas, há duas semanas, já se percebem algumas melhorias, mas muito distante do que é necessário. Por isso, vamos continuar assim: longe uns dos outros, isolados, encerrados em casa, com empregos suspensos, trabalhos parados, com aumento de tensões emocionais, à espera de melhores dias...
É importante a obediência nesta fase; o esforço, o sacrifício que somos chamados a fazer é para bem de todos.
A vida cristã, mais uma vez, faz-se em casa, com os meios disponíveis para cada um. Em cada casa, há ou pode haver uma Igreja, um lugar sagrado onde Jesus se faz presente. Graças a Deus, à criatividade de muitos e à experiência adquirida no primeiro confinamento, que durou de março até ao final de maio de 2020, já são muito diversificadas as formas de ir alimentando a vida cristã. Não é a mesma coisa do que estar na igreja em comunidade, bem sabemos. Gostávamos que tudo fosse presencial, mas neste momento é o possível, e é importante agradecer a tecnologia que existe e a forma como tem sido utilizada para levar Cristo a casa de cada um; para criar e alimentar laços de comunhão; fazer companhia a quem está só; fortalecer e sustentar a fé que, na crise, pode vacilar.
O Natal pode ter ‘matado’ a Páscoa, porque a celebração comunitária e mais festiva talvez não venha a acontecer, como gostaríamos; mas, também sabemos que a Páscoa é passagem da morte à vida, é Ressurreição, vida nova, e este ano, com a ajuda de todos, fará ainda mais sentido atravessar esse ‘mar’ que nos quer engolir. A Quaresma, que vai começar na próxima Quarta-feira de Cinzas, será tempo precioso para nos prepararmos e colaborarmos para uma vida nova.
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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