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Escutar a Palavra, contemplar um Rosto!
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Com o início da Quaresma, damos espaço a um caminho de conversão. A atenção aos apelos de Deus, à mudança de vida. É um longo retiro no meio dos afazeres. São quarenta dias em que a proposta de oração pretende alertar-nos para a necessidade de procurarmos o centro, já que tantas vezes o perdemos. Para os cristãos esse centro tem rosto e nome: o rosto de Jesus Cristo.

O rosto de tantos homens e mulheres, tantas vezes desfigurado pelo cansaço, pela tristeza e abatimento, pela falta de vontade, pelo sofrimento e dor. O rosto tantas vezes iluminado pela descoberta, pela alegria e pela paz, por uma boa notícia, por um sentimento grandioso diante das coisas mais singelas portadoras de beleza, confronta-se sempre com o rosto de Jesus Cristo.

Esse Rosto, o Rosto dos rostos que ao longo da história tantos souberam e quiseram fazer transparecer através das mais variadas expressões artísticas.

O tempo da Quaresma que agora vivemos, pode ser um ousar avançar de modo muito forte e audaz pela Via da Beleza. Essa Via tem sempre um destino, o tal Rosto sempre a redescobrir, na sua serenidade, no seu sofrimento e dor, na sua glória manifestada eternamente.

Para estes dias de conversão, propomos a contemplação mais dedicada do Rosto de Jesus. É Ele que gera a verdadeira conversão tendo como ponto de partida e de chegada o Seu imenso amor! Porque não aproveitar as Sete Palavras de Jesus na Cruz e partir para esse desafio de contemplar um Rosto que no momento do Amor maior nos deixa tão grande tesouro?

 

«Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que fazem» (Lucas, 23:34); «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso» (Lc 23, 43); «Mulher, eis aí teu filho; eis a tua mãe» (Jo 19, 26-27); «Eli, Eli, lama sabachthani? (Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?)» (Mt 27, 46 e Mc 15, 34); «Tenho sede» (Jo 19, 28); «Tudo está consumado» (Jo 19, 30); «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).

 

As sete palavras de Jesus na Cruz são um manancial de interpelações. Confrontarmo-nos com as palavras, ilustrá-las com a imagem pode se ser, para este tempo, um exercício espiritual de grande intensidade.

Ao longo destes dias da Quaresma, somos convidados a prestar uma atenção maior a alguns pormenores e a sentirmo-nos interpelados pela Palavra que também a arte nos transmite e fazermos deste tempo de Quaresma uma verdadeira Via da Beleza, ou seja, um caminho que nos conduz ao Rosto amoroso e glorioso de Cristo.

 

Padre António Pedro Boto de Oliveira, director do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa



Informação complementar:

Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa

Igrejas Modernas de Lisboa

No passado dia 6 de Fevereiro, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Lisboa, realizou-se mais um Itinerário Temático organizado pelo Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa.

Ao longo destes últimos dois anos estas iniciativas têm vindo a demonstrar uma adesão por parte de um público cada vez mais variado e interessado, consoante as temáticas das visitas.

As Igrejas Barrocas, As Sacristias, Os Órgãos históricos, Os Azulejos, foram alguns dos temas abordados neste tipo de iniciativas. Desta vez, as Igrejas Modernas de Lisboa foram o alvo das atenções.

Cerca de quarenta participantes estiveram durante este dia, em contacto directo com a realidade da Igreja que, neste último século e já no actual, se tem vindo a afirmar procurando seguir uma linha arquitectónica que venha a corresponder aos apelos dos novos tempos. Muitas variantes e tipologias, muitas opções, alguns riscos a correr, foram temas abordados pelos Arquitectos José Manuel Fernandes e João Alves da Cunha que abordaram, respectivamente, os temas «A Arquitectura Religiosa em Portugal» e «Breve História pelas Igrejas da Diocese de Lisboa (1910-2010) – leitura teológica, pastoral e arquitectónica».

Após as conferências que ocuparam toda a manhã, seguiu-se, ainda antes do almoço, a visita à Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Na parte da tarde o grupo dirigiu-se em autocarros às Igrejas de Nossa Senhora de Fátima, Santo António de Moscavide e Igreja do Convento de São Domingos. Em cada uma das Igrejas, os Arquitectos chamaram a atenção, não apenas para a história que levou à construção, os estilos e as opções fundamentais, mas também para os pormenores e algumas obras realizadas especificamente para aqueles espaços.

Um agradecimento especial aos Párocos e comunidades que acolheram esta iniciativa que tanto interesse suscitou nos participantes.

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