No passado Domingo, quando a Igreja celebrava a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, o mundo parou. É verdade! Mas não foi por esta celebração festiva no início da Semana Santa. O mundo parou porque três redes sociais bloquearam. Mas, ao que parece, terá sido apenas na Europa, incluindo Portugal. Da minha parte, durante esse período de tempo, não consegui aceder a qualquer uma dessas plataformas de comunicação e, tal como tantos outros, fui ao Twitter desabafar a minha incredulidade. Durante cerca de duas horas, não foi possível postar no Instagram, no Facebook ou comunicar pelo WhatsApp. Nem uma foto, nem uma mensagem, nem um simples ‘olá’. A imprensa online dava conta deste ‘drama’, e fazia das redes notícia, porque afinal o mundo inteiro, hoje, não é capaz de viver sem elas. Na rua, em casa, no trabalho, no lazer, e às vezes até dentro da igreja, as redes tomam o primeiro lugar da atenção.
Mas pelas redes, já em funcionamento normal, acompanhámos, no dia a seguir, a tragédia do incêndio que destruiu parte da Catedral de Notre-Dame, em Paris. Não apenas a imprensa, mas os habitantes no virtual faziam chegar ao mundo inteiro as lágrimas, a tristeza, a emoção, de um acontecimento que nos toca a todos, pela perda que significa a destruição deste lugar. Não apenas pelo seu aspecto cultural, mas pelo que significa, como Igreja Mãe, a cátedra do Bispo de Paris. Nas redes, fomos acompanhando o desenrolar de um acontecimento que fazia surgir, em catadupa, as informações, mas também a reação dos parisienses que, numa atitude de fé, se colocavam em oração, entoando cânticos e rezando o terço a Nossa Senhora, que dá nome àquele templo. Tudo isto, pudemos ver, acompanhar, neste serão em que escrevo estas palavras, para lembrar que as redes podem ser também instrumento de comunhão e de anúncio. E sobretudo neste dia em celebramos a Páscoa da Ressurreição do Senhor deve ficar-nos esta certeza: não há cinzas, morte ou destruição que não dê origem a uma nova vida. Santa Páscoa.
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
Guilherme d'Oliveira Martins
Num texto já com alguns anos Frei Bento Domingues disse: “Sei que a palavra Deus precisa de ser...
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Muitos foram os que partilharam fervorosamente a emoção das conquistas de medalhas olímpicas pelos atletas do nosso país.
ver [+]
|
Tony Neves
Assis enche-me sempre as medidas da alma. Já lá fui várias vezes e aí voltarei sempre que puder. Para...
ver [+]
|
Guilherme d'Oliveira Martins
O poema chama-se “Missa das 10” e foi publicado no volume Pelicano (1987). Pode dizer-se...
ver [+]
|