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Nossa Senhora de Jesus
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Título gracioso aplicado a Maria! O tempo do Advento é, por excelência, um tempo mariano. A figura de Maria ganha um relevo extraordinário na medida em que contemplamos o Mistério da Encarnação e nos preparamos para a sua celebração.

O nascimento de Jesus reflecte este encontro de Deus com a humanidade. No dia 8 de Dezembro celebrámos a solenidade da Imaculada Conceição. Como não recordar e não nos espantarmos com a primeira leitura proclamada nesse dia? O livro do Génesis acentua a procura do Homem por parte de Deus: «Onde estás?». A pergunta ansiosa de Deus e a reposta medrosa do Homem estabelecem esse desejo permanente que Deus tem em encontrar-se. Preocupa-se, quer ver aquele que ama, tem ânsia de estar com ele. O medo surge do pecado. O pecado da ausência, a vergonha da nudez, o estar despido da abundância da graça de ser filho de Deus, o não reconhecer o Amor.

Associada a este tempo de preparação para o Natal do Senhor, a imagem de Maria que agora apresentamos aos leitores da Voz da Verdade sugere maternidade, atenção, carinho e afecto. Reflecte a pedagogia de Deus. Uma mulher que tem o título de Mãe de Deus, que acentua a verdade de que o Filho é verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem. Deus e Homem verdadeiro que caminha de mão dada com a Mãe. Mais ainda, Deus e Homem verdadeiro que caminha com Aquela que é a imagem da Igreja, Mãe e Esposa.

A imagem de Nossa Senhora de Jesus, que se venera na Igreja de Nossa Senhora das Mercês em Lisboa, sugere, ao lado de outras e inúmeras representações de Maria com o Menino, não uma apresentação mas um caminhar lado a lado. Não se trata de uma Virgem em Majestade que se mostra como trono para o Menino apresentado à humanidade. Também não é uma imagem, tão típica na arte oriental e na arte ocidental que segura o Menino do lado esquerdo ou direito do colo, segundo as várias características tão específicas e cânones artísticos. Também não é uma imagem isolada proveniente de um conjunto representando a Sagrada Família. É Maria e o Menino numa atitude um pouco diferente da habitual.

A Virgem segura o Menino pela mão. O olhar de Maria não é frontal mas ligeiramente inclinado na direcção de Cristo criança. Olha para baixo. Olha para a terra do caminho. O corpo parece ter o balanço natural de quem caminha. A mão esquerda pousada sobre o peito num gesto de piedade mas também da intimidade de quem sabe guardar no coração tudo o que se diz do Menino.

O Menino dá a mão à Mãe. Aparentemente uma postura banal mas tão cheia de sentido e surpresa. A naturalidade da atitude de Jesus acentua a verdade de que Deus amou de tal modo o mundo que deu ao mundo o Filho unigénito. Deus dá a mão à humanidade. 

Na pergunta do Criador: «Onde estás?», antevê-se a afirmação na Cruz: «Tenho sede!». No nascimento de Jesus ouve-se e percebe-se um claro «Estou aqui!».

Deus é connosco e anda ao nosso lado, na nossa história. Deus habita entre nós e pisa a nossa terra. Deus anda de mão dada connosco!

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