A Fundação AIS está a convocar os Portugueses para uma grande jornada de oração pela paz no mundo e pelo sucesso da visita do Santo Padre a África. Os recentes atentados terroristas em Paris dão ainda mais força às palavras do Papa de que estamos a viver uma “terceira guerra mundial em parcelas”. Todos somos chamados a rezar contra a violência, o ódio e o terror.
O Papa Francisco inicia esta semana, na quarta-feira, dia 25 de novembro, a primeira visita oficial a África, num périplo que o levará ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana. A expectativa é enorme em qualquer um destes países. A grande incerteza prende-se com a situação explosiva que se vive na República Centro-Africana. O Arcebispo de Bangui, D. Dieudonné Nzapalainga, disse, em declarações à Fundação AIS, que a situação é muito instável, principalmente na capital, em consequência dos constantes ataques de grupos rebeldes muçulmanos, os Séléka, e da criação de grupos de auto-defesa, os anti-balaka. “É como se estivéssemos sentados sobre brasas. Muitas pessoas ainda têm armas... Basta apenas uma pequena faísca para inflamar a chama de novo”, reconheceu este prelado.
Ponto de viragem
D. Dieudonné Nzapalainga acredita que, mesmo com tantas cicatrizes ainda abertas em tantos lugares, por causa do clima de guerra civil, a visita do Papa será um incentivo para “o caminho da reconciliação”. E acrescenta: “Nas palavras” do Papa “acreditamos que ouvimos a voz de Cristo que nos chama e fala à nossa consciência para confessarmos os nossos pecados e os terríveis crimes que foram cometidos”. O Arcebispo de Bangui, a capital do país, afirma a sua profunda convicção de que a visita do Papa pode significar um ponto de viragem no clima de violência e guerra civil para a inevitável reconciliação entre todos. “O Papa Francisco vem convidar o povo a reconstruir o país com amor e fraternidade.” Uma reconstrução que será sempre uma tarefa difícil, após a enorme violência que tomou de assalto as ruas, em especial nas grandes cidades, quando os rebeldes muçulmanos tomaram de assalto o poder em 2013.
Curar feridas
As cicatrizes dessa violência estão presentes em todo o lado. O Bispo de Alindao, D. Cyr-Nestor Yapaupa, que visitou recentemente a sede internacional da Fundação AIS, em Köningstein, na Alemanha, considera que as duas tarefas mais importantes para a Igreja no seu país passam pelo combate à pobreza e por curar as feridas profundas ainda abertas entre a população, depois do caos que se viveu. Reconstruir, reconciliar, promover a paz são as principais tarefas que se colocam à República Centro-Africana, país que o Papa Francisco vai visitar de 29 a 30 de novembro, no encerramento do périplo africano. Uma viagem que encerra muitos perigos, até porque os bandos armados continuam a circular impunemente pelas estradas do país.
Terceira guerra mundial?
O que se passa neste país não difere muito da violência que se tem abatido na Nigéria ou Síria, no Iraque ou Líbia, no Mali ou Egipto, no Líbano ou Afeganistão. Ou da tragédia que enlutou a França na sexta-feira 13. São tudo episódios da “terceira guerra mundial em parcelas” que o Papa Francisco tanto tem denunciado.
É preciso combater essa violência com a força da fé. Para isso, a Fundação AIS está a convocar os Portugueses para uma grande jornada de oração em favor da paz para este Domingo, dia 22 de novembro. No pensamento de todos estará também o desejo de sucesso para a visita do Santo Padre ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana.
Esta jornada de oração pela paz no mundo irá ocorrer no Santuário do Cristo Rei, em Almada, a partir das 16:00, com a exposição do Santíssimo, a que se seguirá a recitação do Rosário e a celebração da Eucaristia. Todos os Portugueses são convidados a unirem-se a esta corrente de oração, replicando esta iniciativa nas suas paróquias e movimentos.
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22 de Novembro de 2015
JORNADA DE ORAÇÃO PELA PAZ
República Centro Africana | Síria| Nigéria | Iraque | Sudão do Sul | França
16h00 – Exposição do Santíssimo
16h15 – Oração do Terço
17h00 – Eucaristia
SANTUÁRIO DE CRISTO REI
Almada
Uma iniciativa da Fundação AIS com o apoio do Santuário de Cristo Rei, Voz da Verdade, Cáritas Portuguesa, OMP, Apostolado da Oração, Família Cristã, DNPJ, Presépio na Cidade, Rádio Renascença, Canção Nova, Ecclesia, iMissio, MissãoPress, Notícias de Setúbal
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