Por ironia do destino, no dia em que o país estava de atenções viradas para a Assembleia da República, para ver cair o Governo que foi eleito pelo povo na sua expressão democrática que é a eleição, o Evangelho do mesmo dia deixava-nos um grande desafio: ser como servos inúteis. Esta deve ser a nossa atitude diante das coisas, dos cargos e das missões que assumimos. Fazer o que devemos fazer, com um sentido de serviço, alimentado por uma humildade interior, consciente de um fazer como discípulos de Cristo. Fazer como missão, não na procura de um poder, ou de uma satisfação de um ego, ou na expectativa da compensação que daí possa advir. Fazer como serviço, como entrega, como esvaziamento de si próprio, como oferta, como oblação da vida que se pode tornar amor para os outros.
Mas estaremos nós conscientes deste desafio que nos é proposto? A resposta todos seremos chamados a dar, se entendermos, inclusive, o trabalho como dom, missão e resposta a um chamamento. Se entendermos um cargo político, uma qualquer profissão desempenhada, um simples serviço, um qualquer cuidado, uma qualquer palavra de conforto ou correção, no momento próprio. Em tudo podemos ser servos inúteis. No nosso ministério, nos serviços paroquiais, nas funções eclesiais, sobretudo, devemos assumir esta postura. O Papa Francisco tem-nos desafiado a isso, constantemente, e será o nosso testemunho que pode tocar e marcar.
Neste Domingo termina a Semana dos Seminários. Um tempo em que fomos convidados a rezar, também, por aqueles que se predispõem a moldar o seu coração à imagem de Cristo Bom Pastor. Ele é o Servo dos servos e d’Ele podemos aprender o serviço. Reconhecendo que, apesar de todo o nosso pecado, pela sua misericórdia fomos escolhidos para servir, devemos sentir-nos ainda mais comprometidos com a missão que nos é confiada, seja ela qual for.
P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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