É difícil que alguém que já participou numa Jornada Mundial da Juventude consiga descrever a quem nunca foi o que ali viveu. A minha primeira Jornada Mundial (em celebração internacional) foi a de “Roma 2000”. Tratava-se do ano jubilar: os dois mil anos do nascimento de Cristo.
O ano foi repleto de “jubileus sectoriais”: dos padres, dos religiosos, das famílias, dos catequistas, dos profissionais de várias áreas, etc. Não podia deixar de haver o jubileu dos jovens. Por isso, a seguir a “Paris 1997”, em vez de se fazer uma JMJ dois anos depois, como vinha sendo hábito, optou-se por se fazer coincidir com o ano 2000, realizando-a em Roma. Desta vez o Papa não se deslocava a uma determinada Diocese para se encontrar com os jovens do mundo inteiro, mas acolhia todos os jovens que quisessem ir ter com ele, à casa do Papa, Roma.
Foi inesquecível o que vivi nesse Agosto de 2000. O meu grupo de 51 jovens teve ainda a graça de participar numa Pré-Jornada na Diocese de Génova. Recordo com alegria e saudade a maneira como fomos recebidos nas famílias que nos abriram as suas portas e cuidaram de nós com muita simplicidade e carinho. Mas também me lembro, e não é menos importante, a experiência de Igreja que aí fizemos durante alguns dias. Pudemos conhecer a maneira como outros jovens (e não jovens) viviam a mesma fé no mesmo Senhor que o nosso. Sentimo-nos em casa, porque estávamos em Igreja, na mesma Igreja.
Depois, fomos mesmo para Roma. Havia muita gente, mesmo muita gente: calcula-se em 2,5 milhões os participantes nessa Jornada. As ruas estavam repletas de jovens católicos (e não só) do mundo inteiro. Era impressionante ver a variedade de cores, rostos, modos de vestir, de cantar e de dançar. E ainda era mais ver como tudo isso se fazia numa alegria que transparecia, que se respirava em todo o lado: pude testemunhar que para muitos do meu grupo houve pela primeira vez esta consciência de se pertencer a algo muito grande e profundo: a Igreja Católica. E soube muito bem!
A semana decorreu cheia de propostas: catequeses, orações, concertos, debates, partilhas, festa e muita música. Foi também marcada pelo primeiro encontro com o Santo Padre na terça-feira, em São Pedro, com as palavras que nos dirigiu, tão próximas e tão firmes.
É claro que o ponto alto de qualquer Jornada Mundial é o Domingo propriamente dito da celebração da Missa presidida pelo Santo Padre tudo aquilo que a prepara e a envolve. Por isso, logo no Sábado de manhã nos deslocámos para o recinto que iria acolher aquela multidão de jovens, Tor Vergata. Aí aconteceu a vigília, ao fim da tarde de Sábado, aí dormimos num “hotel de 5000 estrelas” (ao ar livre) e aí experimentámos o encontro com Cristo ressuscitado, vivo e jovem na Sua Igreja, que Se dá na Eucaristia e nos faz Seu Corpo, um só Corpo.
Depois de “Roma 2000”, participei em todas as outras JMJs, na sua celebração internacional, com o Papa: “Toronto 2002”, “Colónia 2005”, “Sydney 2008”. A de Colónia ficou marcada logo à partida pelo facto de já não ser o Papa João Paulo II a presidir, mas o novo Papa, eleito nesse ano, Bento XVI.
No fim de cada JMJ, João Paulo II dizia aos jovens que se encontraria com eles no ano tal, na diocese tal; e assim anunciava o local da JMJ seguinte. Mas, no ano 2002, em Toronto, já disse “no ano 2005, em Colónia, Cristo espera por vós”. Já não seria com ele que estaríamos, mas com Bento XVI que não a convocou, mas que a acolheu e fez sua tão intensamente que os jovens perceberam que a JMJ tinha vindo para ficar. Por isso, em todas as JMJs seguintes se manteve este espírito que continua a dar frutos de comunhão e de alegria em seguir o Senhor Jesus Cristo quando regressamos: na nossa vida, nas nossas Dioceses, nas nossas Paróquias.
É difícil dizer em palavras o quão maravilhoso é ir a uma JMJ. É preciso ir, experimentar, viver e voltar para contar e contagiar outros.
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Padroeiros da JMJ Madrid’2011
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madrid 2011 tem como padroeiros diversos santos, com o objectivo de percorrer a história da Igreja em Espanha. São padroeiros da JMJ: São Isidro Lavrador, São João da Cruz, Santa Maria de La Cabeza, São João D’Ávila, Santa Teresa de Jesus, Santa Rosa de Lima, Santo Inácio de Loyola, São Rafael Arnáiz, São Francisco Xavier e Nossa Senhora de Almudena.
O Beato João Paulo II, criador das Jornadas Mundiais da Juventude, foi também associado como padroeiro das jornadas, ele que sempre se considerou um “amigo dos jovens”.
Segundo a organização, “a lista dos padroeiros quer percorrer a história da Igreja na Espanha, desde os primeiros Santos madrilenhos (São Isidro, padroeiro da capital espanhola e Santa Maria), passando pelos fundadores das carmelitas descalças e da Companhia de Jesus (Santa Teresa e Santo Inácio), um grande missionário do Oriente (São Francisco Xavier), a cúpula da literatura mística (São João da Cruz), o impulsor da espiritualidade sacerdotal diocesana (São João D’Ávila), a primeira Santa da América Hispana (Santa Rosa de Lima), e um jovem de nossos dias (São Rafael Arnáiz), recentemente canonizado”.
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Vigararias II e XIII: Festivais Vicariais da Canção Jovem na Diocese de Lisboa
No fim-de-semana de 28 e 29 de Maio haverá dois Festivais Vicariais da Canção Jovem na Diocese de Lisboa, no Bombarral e no Parque das Nações.
No sábado, pelas 21h30, no pavilhão desportivo do Bombarral, decorre o festival da Vigararia XIII, envolvendo as paróquias de Roliça, Bombarral e Lourinhã. Organizada pela Associação Juvenil Salvatore Mundi, esta iniciativa é feita por jovens e dirigida a jovens e menos jovens.
No dia seguinte, Domingo, dia 29, a Equipa Vicarial da Vigararia II de Lisboa organiza o XIII Festival Vicarial da Canção Jovem, que terá lugar no Colégio Pedro Arrupe, no Parque das Nações, pelas 15h30.
Os vários grupos participantes levarão canções inéditas, de temática cristã, com o tema «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé.» (Cl. 2, 7). Os objectivos deste festival são de incentivar a criação poético-musical como expressão da fé cristã, promover a canção cristã como instrumento de evangelização e possibilitar um encontro de jovens das vigararias de Lisboa.
Os Festivais Vicariais da Canção Jovem têm a particularidade de os jovens inscritos comporem e executarem as suas criações. Os vencedores de cada festival vicarial participam depois no Festival Diocesano da Canção Cristã, que este ano se realiza no dia 5 de Junho.
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