Enquadramento:
Falar do Bispo, de qualquer Bispo, é falar dum sucessor dos Apóstolos a quem é confiada uma porção do Povo de Deus. Falar do Bispo é falar da Igreja de Deus, presente no mundo, sempre à maneira duma comunidade diocesana, que é um corpo vivo, que tem como seu pastor o Bispo que nesse lugar assume a missão apostólica, junto desse Povo. Desse modo, o Bispo é a garantia de que ali é a Igreja de Deus que cresce na fidelidade a Jesus Cristo.
Para exercer esta missão, o Bispo associa a si um colégio de Presbíteros, que coopera com ele na edificação dessa Igreja, através da imposição das mãos que os constitui, sacerdotes, pastores e evangelizadores, à maneira do seu ministério de Bispo e em comunhão com ele.
É no seio deste Povo de Baptizados, Povo de Deus em marcha anunciando o Reino de Deus, que o ministério do Bispo avulta e se revela em toda a sua fecundidade apostólica. Mas é também em comunhão orgânica com o Bispo que cada Presbítero é chamado a servir essa Igreja, nunca como uma empresa própria, mas sempre em comunhão com o Pastor de quem ele é cooperador.
O lugar deste Bispo na minha vida de Presbítero:
O Padre que eu sou, há 48 anos, já conheceu três Patriarcas como seu Bispo: o Cardeal Cerejeira que me ordenou e me deu como primeiro ministério formar parte da Equipa formadora do Seminário de Almada; o Cardeal Ribeiro que me nomeou para Vice-Reitor do Seminário dos Olivais e o Cardeal Policarpo com quem tenho assumido a parte mais longa da missão pastoral como Prior de S. João de Deus.
O lugar do Bispo na minha vida, é assim determinado pela fé no ministério apostólico, enquanto missão confiada por Jesus a esse colégio para que levasse a todo o mundo a mensagem de Amor do Pai, que quis que ele congregasse na comunhão da caridade e da esperança os seus filhos, assumidos ou não, dispersos por toda a terra.
Mas esta comunhão teologal com o Bispo, assumiu na minha vida muitas outras dimensões, nomeadamente comunhão de afecto fraterno.
D. José Policarpo, o mestre.
A minha ligação ao Cardeal-Patriarca D. José Policarpo, tem uma pré-história que começa nos bancos dos seminários onde partilhámos a mesma vocação e continuou nos Seminários onde ambos fomos formadores. Mas agora não vou falar disso, embora seja uma história que desagua naturalmente na colaboração padre bispo.
A memória mais impressiva que retenho de D. José, foi a das muitas tertúlias teológicas que eu e outros padres tivemos com ele e onde nos contava as novas perspectivas que a sua investigação e os seus estudos em Roma lhe proporcionava e que ele partilhava connosco e a nosso pedido, quando vinha cá de férias. Era uma descoberta e um deleite ouvi-lo falar.
Depois, de forma mais institucional, fiz com ele, na UCP e fora dela outros cursos que me foram muito importantes, quer junto dos seminaristas, quer no Secretariado de Acção Pastoral, quer no Centro de Estudos Pastorais onde colaborei.
D. José o Reitor do Seminário e Patriarca de Lisboa.
D. José foi eleito Bispo auxiliar sendo ainda Reitor do Seminário e Director da Faculdade de Teologia. Todavia sempre pedi ao Cardeal Ribeiro que o mantivesse como Reitor e assim aconteceu. Creio que tal missão moldou indelevelmente o Bispo e Patriarca que hoje é. O seu discernimento sereno, a sua leitura teológica dos sinais dos tempos, a sua compreensão inteligente dos jovens seminaristas e padres, a sua capacidade de ir ao fundo das questões em sínteses brilhantes, são carismas com que exerceu e exerce o seu ministério episcopal.
D. José Cardeal e Pastor
D. José não foi eleito Cardeal, apenas por tradição que se mantém de o Patriarca de Lisboa ser eleito Cardeal no primeiro Consistório a seguir à sua nomeação como Patriarca.
D. José foi eleito Cardeal como expressão do reconhecimento dos seus carismas pessoais como grande Bispo, cuja abrangência pastoral, ultrapassa os limites duma Igreja Local, nesta caso Lisboa. Quando três grandes Cardeais, Lustiger de Paris, Schonborn de Viena, Dannels de Bruxelas, o convidam para lançar conjuntamente o Congresso Internacional para a Nova Evangelização, não fazem mais do que reconhecer nele um Pastor de excepção para uma tarefa com impacto em toda a Europa e um pouco para lá do continente. E este é apenas um exemplo, que escolho entre tantos outros porque pessoalmente fui por ele escolhido para o representar em permanência nessa equipa internacional e aí pude ser testemunha do seu prestígio como Cardeal e Pastor teólogo.
Conclusão
Seria pretensioso da minha parte, no espaço dum testemunho breve como este, sintetizar todas as dimensões pessoais e pastorais duma personalidade como a de D. José Policarpo. Vivi sempre perto deste Cardeal-Patriarca, porque as missões que me foram confiadas assim pediam. Relevo apenas algumas dimensões que para mim foram mais impressivas, sem ser de modo algum exaustivo. Outros seus diocesanos poderão realçar aquilo em que eu fui omisso; assim o espero.
P. Carlos Paes
_____________________________
Editorial
O Sinal regressa para este novo ano pastoral. Temos como objectivo ajudar a manter viva a alegria de nos descobrirmos chamados por Deus, não apenas num dia longínquo, aquando do nosso nascimento, mas chamados a sermos filhos e como filhos a escutarmos permanentemente a voz do Pai. Toda a vida é um permanente diálogo de amor, em que a primeira Voz anseia por escutar a nossa voz como eco obediente e feliz.
Este ano está marcado pela ainda recente visita do Papa Bento XVI. Queremos continuar a aprofundar os sinais que nos deixou.
Andaremos também conduzidos pelo tema do nosso programa diocesano para este ano: Assumir a palavra de Deus como luz para a vida. O Senhor Patriarca convida-nos a olhar os acontecimentos da nossa vida à luz da palavra definitiva que é o Senhor Jesus, “última e máxima presença do Deus vivo a agir no meio do seu Povo” (cf. Programa Diocesano de Pastoral).
O nosso bispo celebrará em Agosto próximo 50 anos de sacerdócio, pelo que o nosso Sinal publicará textos, quer de reflexão, quer de testemunho, que nos ajudem a aprofundar a relação com o nosso bispo.
Finalmente, o Senhor Patriarca escreveu-nos recentemente uma carta “Nova Evangelização: Um desafio pastoral”. Seria que todos a pudéssemos meditar. Contamos ao longo deste ano publicar textos que nos ajudem a reflectir sobre os desafios que esta carta nos deixa.
Contamos com todos vós, para que o povo de Deus na nossa diocese possa viver na resposta à Palavra de Deus que nos é oferecida como luz para a vida.
P.Rui de Jesus
_____________________________
Aconteceu…
- Campo Vocacional para Raparigas dos 13 aos 18 anos, Maria, Farol do Mar, de 9 a 12 de Julho no Seminário de Penafirme; estiveram presentes 30 raparigas da nossa diocese;
- Campanários do Pré-Seminário, de 28 de Junho a 2 de Julho para 7º,8º de 5 a 9 de Julho para 9º e 10º anos e de 12 a 17 de Julho para 11º e 12º anos, com o tema: Uma volta ao Mundo para descobrir o LK Code (Life Key Code);
- Retiro de Silêncio de 20 a 24 de Agosto, na Quinta das Tílias organizado pelas Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima; “Alguns jovens aceitaram o desafio de permanecerem a sós com o Senhor num tu a tu de amizade”;
- Campo de Férias da Juventude Hospitaleira de 5 a 15 de Agosto;
- Encontro vocacional Maralto, de 11 a 12 de Setembro, na Idanha, organizado pela Juventude Hospitaleira.
_____________________________
Agenda das Vocações
Dia 9 de Novembro
- Terça.com… vocação (raparigas) - Encontro Vocacional Diocesano na Igreja de Nossa Senhora de Fátima
Dia 14 de Novembro
- “A Missão é Verdadeira Vocação”- Fé, Partilha, Alegria - Irmãs Missionárias Combonianas - Encontro na Comunidade no Porto
- Dia dos Seminários
Dia 16 de Novembro
- Terça.com… namorados - Encontro Vocacional Diocesano na Igreja de Nossa Senhora de Fátima
Dias 20 e 21 de Novembro
- “Trilhos de Fé” – Servas de Nossa Senhora de Fátima (Actividades da Família Andaluz Jovem) - Rota dos Moinhos - Freiria (Torres Vedras)
Dia 21 de Novembro
- Cristo Rei – Padroeiro principal do Seminário dos Olivais
Dia 23 de Novembro
- Terça.com… a Palavra – Encontro para maiores de 18 anos na Igreja de Nossa Senhora de Fátima
Dia 26 de Novembro
- Vigília das Ordenações
Dia 28 de Novembro
- Ordenações no Mosteiro dos Jerónimos
Guilherme d'Oliveira Martins
O poema chama-se “Missa das 10” e foi publicado no volume Pelicano (1987). Pode dizer-se...
ver [+]
|
Tony Neves
Cerca de 3 mil Espiritanos, espalhados por 63 países, nos cinco continentes, anunciam o Evangelho....
ver [+]
|
Tony Neves
Deixei Cabo Verde, terra da ‘morabeza’, já cheio da ‘sodade’ que tão bem nos cantava Cesária Évora.
ver [+]
|
Pedro Vaz Patto
Talvez a mais surpreendente iniciativa do pontificado do Papa Francisco (onde as surpresas abundam)...
ver [+]
|