O Patriarca de Lisboa presidiu à Missa de abertura do 26.º Acampamento Regional de Lisboa do Corpo Nacional de Escutas (ACAREG), no final de tarde deste sábado, dia 3 de agosto. No Centro de Atividades Escutistas de Ferreira do Zêzere, D. Rui Valério perguntou aos escuteiros “o que estão disponíveis para oferecer a Jesus hoje, amanhã e, particularmente, durante esta semana?”
“Para nós, este momento, esta experiência, esta atividade representa o momento alto da nossa vida escutista, mas também da nossa vida de fé. Estamos aqui, mergulhados na natureza tão bela, e percebemos que estas árvores, este vento, esta luz, este sol, este clima é um dom de Deus. Nós não o fabricámos, nós não o construímos, encontrámo-lo, foi-nos oferecido. Assim como quem está ao nosso lado e quem está atrás de nós e à nossa frente. Somos, uns para os outros, verdadeiros dom de Deus. Estamos a celebrar um momento, que é a Eucaristia, que é o dom maior, porque é o dom da vida, é o dom do pão da vida que Jesus faz ao nosso amor e por nosso amor. Por isso, nós todos, estamos aqui muito felizes, verdadeiramente felizes, porque compreendemos quanto amor e quanto bem Jesus nos quer que nos deu coisas tão maravilhosas. E tu? Que estás tu disposto e disponível para oferecer a Jesus hoje, amanhã e, particularmente, durante esta semana? Vamos pensar nisso”, convidou o Patriarca, no início da celebração.
Jesus sempre presente
Perante três mil escuteiros, segundo a Região de Lisboa do CNE, D. Rui Valério destacou, na sua homilia, a “mensagem essencial” que Cristo quer deixar a cada escuteiro, naquele dia. “Jesus quer que cada um de nós, hoje e muito provavelmente ao longo de toda esta semana, vá tomando consciência, vá desenvolvendo a resposta à pergunta: ‘Mas o que é que é essencial para viver?’”, apontou. Procurando responder, começou por referir que “essencial é aquilo que nós, para viver, não podemos prescindir, é aquilo que nós obrigatoriamente temos que ter”. “Agora, atenção, seja há mil anos, seja há dois mil, seja há três mil, seja há cinco mil, houve Alguém que esteve sempre presente na vida das pessoas. E sem esse Alguém também não havia vida. Estou a falar de quem? De Deus! Também Deus, aliás, sobretudo Deus, Jesus, é essencial para a vida”, frisou.
Tal como tinha feito na homilia durante o último Dia de São Jorge, em Oeiras, em abril passado, o Patriarca pediu depois a colaboração de diversos lobitos que subiram ao altar-palco. “Faço-vos a pergunta: ‘Jesus, na vossa vida, é ou não é essencial?’”, questionou, deixando as “cinco ações, as cinco atitudes que é necessário fazer para O encontrar”. A primeira, referiu, é “ir à procura”. “Tu tens que ir à procura de Jesus”, apontou D. Rui Valério. “Seja aqui, no campo, seja nas vossas casas, seja na escola, seja na catequese, seja no autocarro, seja no campo da bola, nós vamos à procura de Jesus porque sabemos que Ele é que nos está a procurar e sempre. Então, está atento à pessoa ou às pessoas que estão ali, à tua volta, porque Jesus aproxima-se de nós através deles, através daquelas pessoas que nos rodeiam Jesus pode mostrar-se, pode-nos dizer o que quer”, acrescentou.
Como segundo ponto, o Patriarca de Lisboa referiu que “as pessoas que foram à procura d’Ele e O encontraram começaram a falar, a dialogar com Jesus”. “Outra palavra que nós também podemos usar para dialogar com Jesus é rezar. Porque na oração encontramo-nos com Ele”, salientou, referindo depois a “terceira ação”: “O credo! Nós acreditamos n’Ele. Nós acreditamos, abrimo-nos a Ele, dizemos ‘Eu confio em Ti, Senhor, eu confio em Ti, eu confio toda a minha vida, eu acredito, na tua Palavra, acredito no teu amor’”.
A “quarta ação é indispensável também”. “Este Jesus não fica assim com as mãos debaixo do braço, mas tem sempre algo para nos dar. Sempre! Viver cada dia disposto a acolher aquilo que Jesus me quer dar significa que tudo aquilo que acontece, tudo aquilo que nos rodeia, todas as pessoas, são dom de Deus. Não há nada que não seja dom de Deus. Nada sucede na nossa vida que não seja dom de Deus”, assegurou.
A quinta ação, concluiu D. Rui Valério, “é seguir Jesus, é pôr-se atrás de Jesus, é seguir os seus passos, é querer fazer o mesmo caminho que Ele faz, é querer ir para onde Ele vai, porque Jesus é o pão da vida”.
“Vamos lá recapitular: para encontrar o pão da vida é preciso procurar Jesus; para O encontrar é preciso dialogar com Ele na oração; é preciso acreditar, dizer ‘Sim, Senhor, eu creio’; é preciso acolher, receber; e por fim é preciso seguir Jesus! Eu venho cá na sexta-feira, certo, no último dia, e a gente reúne-se aí um bocadinho e eu vou fazer a pergunta ‘Quais são as cinco ações indispensáveis para encontrar o pão da vida?’, está combinado?”, terminou, entre sorrisos, o Patriarca, na Missa de abertura do 26.º ACAREG de Lisboa.
Orações pelo ACAREG
Antes da bênção final, o assistente regional de Lisboa do CNE pediu a D. Rui Valério orações pelos escuteiros que estavam em acampamento. “Senhor Patriarca, bem-haja pela sua presença e por presidir a este ACAREG, em Ferreira do Zêzere, com todos estes lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros, marinheiros, moços. Obrigado pela sua presença, reze também por nós, por este ACAREG, por aqueles que estão a trabalhar, a divertir-se e a serem evangelizados”, salientou o Padre Marcos Castro.
O ACAREG Lisboa 2024 tem como lema ‘Inspira, Edifica e Celebra a Paz’ e vai decorrer até à próxima sexta-feira, dia 9 de agosto.
Paz
Na cerimónia de abertura do 26.º ACAREG de Lisboa, na noite deste primeiro dia de acampamento, 3 de agosto, o Patriarca sublinhou a importância da Paz. “Povos da Paz! Povos da Paz! Porque, só havendo Paz, podem existir povos. Só havendo Paz, podem existir montanhas. Só a Paz nos proporciona o belo e o silencioso deserto. Só a Paz nos estimula a irmos à floresta. Só a Paz nos conduz aos rios de água límpida e transparente. A Paz é o fundamento e é a razão para que tudo exista como existe. É por isso que Jesus, quando ressuscitou, as primeiras palavras que disse foram: «A Paz esteja convosco». Porque Ele é o Senhor da Paz”, apontou D. Rui Valério.
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