O Patriarca de Lisboa vai receber, das mãos do Papa Francisco, o Pálio de Metropolita, durante uma celebração no Vaticano, na manhã deste sábado, dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, apóstolos.
A Santa Sé revelou hoje que o Papa vai entregar o pálio a 42 arcebispos metropolitas dos cinco continentes, incluindo D. Rui Valério. A Missa vai ter lugar neste sábado, a partir 9h30, hora de Roma (menos uma hora em Lisboa), na Basílica de São Pedro.
Segundo o Missal da celebração, divulgado pelo Vaticano nesta quinta-feira, 27 de junho, o Patriarca de Lisboa será o terceiro arcebispo a receber o pálio das mãos do Papa.
Os pálios, insígnia litúrgica de honra e jurisdição e símbolo da comunhão com a Igreja de Roma, vão ficar desde a noite anterior junto do túmulo do apóstolo Pedro, o primeiro Papa da Igreja Católica, e são depois transportados durante a celebração para junto de Francisco, que os abençoa e entrega a cada arcebispo, no final da Missa.
Após a bênção dos pálios, os metropolitas nomeados nos últimos 12 meses proferem juramento, no qual cada um se compromete a ser “sempre fiel e obediente” ao “bem-aventurado Pedro apóstolo”, à “santa, apostólica Igreja de Roma”, ao Papa e seus “legítimos sucessores”.
Esta insígnia é feita com a lã de cordeiros brancos e simboliza o Bom Pastor que leva nos ombros o cordeiro até dar a sua própria vida, como recordam as cruzes negras bordadas.
Imposição do pálio nos Jerónimos
O Pálio de Metropolita vai ser imposto ao Patriarca Lisboa pelo Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, no Mosteiro dos Jerónimos, no dia 21 de julho, Domingo, às 16h00. Será no início da celebração da Ordenação Episcopal de D. Nuno Isidro e de D. Alexandre Palma, novos Bispos Auxiliares de Lisboa.
“O Pálio pode ser símbolo da ovelha perdida que o Bom Pastor coloca aos ombros e reconduz aos caminhos do Senhor. Também este gesto será sinal para renovarmos a consciência de que Jesus é o Pastor que conduz a Igreja. Conto com todos vós dia 21 de julho e peço a Deus que a todos abençoe”, escreveu D. Rui Valério, na ‘Carta do Patriarca de Lisboa ao clero e comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa’.
Em 2015, o Papa Francisco modificou a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos Núncios Apostólicos (representantes diplomáticos da Santa Sé).
O pálio é envergado pelos arcebispos metropolitas nas suas dioceses e nas da sua província eclesiástica. Em Portugal, há três províncias eclesiásticas: Lisboa, Braga e Évora.
O site do Patriarcado de Lisboa vai transmitir, em direto, a Missa em que o Patriarca de Lisboa vai receber o Pálio de Metropolita das mãos do Papa Francisco.
Pálio de Metropolita
«Constituído por uma tira de lã branca com seis cruzes negras, que repousa sobre os ombros, deixando duas faixas endentes sobre o peito e uma sobre as costas. A lã provém dos cordeiros oferecidos ao Papa no dia de Santa Inês. Só o Papa pode conceder esta insígnia» (Manuel FALCÃO, Enciclopédia Católica Popular, p. 369).
Como diz a oração de imposição do Pálio, este é “testemunho da confissão de São Pedro” (Cerimonial dos Bispos, p. 280). Por um lado, recorda o cuidado pastoral que Jesus confiou a Pedro («Apascenta os meus cordeiros/as minhas ovelhas»: Jo 21, 15.16.17) e, por isso, a necessária comunhão eclesial de todos os bispos com o Papa: “O pálio recorda a unidade entre as ovelhas e o Pastor que, como Jesus, carrega a ovelha aos ombros e nunca mais a larga” (Papa FRANCISCO, Homilia, 29/06/2020). Por outro lado, recorda o esmero pastoral que todos os bispos são chamados a exercer, em busca da ovelha perdida (cf. Lc 15, 3-7), como escrevia o Papa São João Paulo no seu livro autobiográfico sobre o ministério episcopal: “Na forma do pálio podemos intuir a imagem de uma ovelha que o Bom Pastor segura sobre os ombros e traz consigo, para a salvar e alimentar […]. É justamente sobre a base desta preocupação e desta responsabilidade que devemos cultivar e guardar a unidade” (Levantai-vos! Vamos!, p. 131).
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